A jornada de cura das doenças na homeopatia
O Caos da Doença Crônica: – em um estado de desordem, A Força Vital está presa, lutando em vão contra um miasma profundo.
Os sintomas (físicos, mentais, emocionais) são a expressão desse caos, o mapa do território desordenado.
O trabalho do homeopata é ler esse mapa (a totalidade dos sintomas físicos e mentais) para encontrar a chave que é remédio homeopático que curará esse caos e o levará o paciente ao estado pleno de saúde física e mental.
O Estímulo é A Chave Certa na Fechadura:- A jornada é iniciada pela administração do simillimum, na potência correta. Este remédio não é o “motorista” da jornada; ele é a chave que liga a ignição. Ele atua como um catalisador dinâmico, um estímulo preciso que “acorda” a Força Vital e lhe dá a informação correta para iniciar seu próprio trabalho de cura.
O dinâmico” é a realidade primária da vida. É a causa, enquanto o mundo material é o efeito. Para os mestres clássicos, a medicina materialista comete o erro fundamental de tentar consertar os efeitos (o corpo) ignorando a causa (a perturbação dinâmica).
Os Primeiros Passos – A Reação Imediata
Logo após a dose, os primeiros sinais da jornada aparecem. O homeopata observa atentamente:
- A Agravação Homeopática Curta: Uma breve e leve intensificação dos sintomas existentes. Este é o primeiro sinal positivo: a Força Vital ouviu o chamado, está reagindo e começando a “empurrar” a doença. É o som do motor pegando.
- A Melhora do Estado Geral: Frequentemente, antes mesmo do sintoma principal físico melhorar, o paciente relata: “Não sei explicar, mas eu me sinto melhor”. O sono melhora, o humor se estabiliza, a energia vital retorna, esta é a prova mais segura de que a cura está a caminho do centro para a periferia.
A Rota da Viagem – A Lei da Direção da Cura (Lei de Hering)
Esta é a bússola da jornada, a cura verdadeira não acontece de forma aleatória. Ela segue uma ordem previsível e universal, conhecida como Lei de Hering. A cura se move:
- 1. De dentro para fora: A melhora começa no nível mental e emocional e se move para o corpo físico. O paciente se sente mais esperançoso e calmo, e só depois a sua artrite ou eczema começa a ceder.
- 2. De cima para baixo: Os sintomas melhoram primeiro na cabeça e no tronco, e depois descem para os membros. Uma dor de cabeça melhora antes da dor no joelho.
- 3. Dos órgãos mais importantes para os menos importantes: A cura se move do centro (cérebro, coração, fígado) para a periferia (pele, unhas, cabelo). Um problema cardíaco melhora, e pode aparecer uma erupção na pele.
- 4. Na ordem inversa do aparecimento dos sintomas: este é o aspecto mais fascinante da jornada. O corpo “rebobina a fita” da história da doença. O último sintoma a aparecer é o primeiro a desaparecer.
Paradas no Caminho – O Retorno de Sintomas Antigos
Durante a jornada, o paciente pode experimentar brevemente sintomas que teve anos ou décadas atrás. Por exemplo, uma pessoa tratada para asma pode, de repente, ter um breve episódio da erupção cutânea que teve na infância suprimida com pomadas.
Isso não é uma recaída. É o sinal mais espetacular da cura profunda. A Força Vital está tão fortalecida que está “limpando a casa”, expulsando as camadas mais antigas e profundas da doença na ordem inversa em que foram adquiridas. É a prova de que a jornada está alcançando a raiz do problema.
O Destino Final: A Cura Verdadeira (A Liberdade)
O final da jornada não é meramente a ausência de sintomas. Isso seria somente um cessar-fogo. A cura verdadeira, para os grandes mestres, é:
- A Restauração da Ordem: A Força Vital não está mais lutando, mas governando em paz.
- A Liberdade: O paciente está livre das limitações que a doença lhe impunha.
- O Retorno ao Propósito Superior da Existência: A pessoa recupera a energia e a clareza mental para cumprir seus deveres, seguir suas paixões e se engajar plenamente na vida. A saúde é a liberdade para se tornar a melhor versão de si mesmo.
A Jornada de Cura é um processo ordenado de libertação.
É a Força Vital, despertada pelo simillimum (remédio homeopático certo para o paciente), que refaz seus passos, limpa o terreno de dentro para fora, e restaura não somente a ausência de dor, mas a presença plena da vida e da liberdade.
O que é supressão alopática da doença?
A Doença Original: Imagine que uma criança desenvolve um eczema (uma erupção com coceira), isso não é uma doença “da pele”. É a manifestação externa, na periferia do corpo, de uma desordem interna, dinâmica. A Força Vital, em sua sabedoria, empurra a desordem para o órgão menos vital possível: a pele, como se fosse um canhão inflamatório que ao invés de estará apontado para o pulmão causando asma pela sabedoria de nosso corpo aponta para a pele menos importante, para salvar o pulmão mais importante.
É melhor ter uma coceira na pele do que uma perturbação no fígado ou nos pulmões.
O Ato da Supressão: A criança recebe uma pomada de corticoide. A pomada age localmente e força o desaparecimento da erupção. A doença não foi curada. O que aconteceu foi que a porta de saída da doença (a pele) foi trancada.
A Retirada para o Interior: A desordem interna, agora sem sua válvula de escape, é forçada a recuar para um nível mais profundo e para órgãos mais vitais. Anos depois, essa mesma pessoa desenvolve asma. O problema não é novo; é a mesma desordem miasmática original que agora se manifesta nos pulmões, um órgão muito mais nobre e perigoso. A doença foi suprimida e se aprofundou, o canhão inflamatório deixou de atirar na pele e começa agora a atirar no pulmão, por exemplo.
Cada supressão cria uma “camada” de doença. O corpo é como uma cebola, com a doença mais recente na camada externa e as mais antigas e suprimidas nas camadas internas.
Como funciona a supressão de drogas da medicina comum que vão danificando todo equilíbrio fisiológico.
A supressão decorre da obstaculização terapêutica dos mecanismos curativos dependentes da força vital.
Ainda que um único órgão evidencie alterações da perturbação da enérgica vital ao qual se presta para a drenagem desse desequilíbrio.
Resulta da remoção de sintomas sem que seja acionado o processo curativo intrínseco de reequilíbrio, motivando o retorno destes mesmos sintomas e de outros mais graves, nas semanas, meses ou anos mais tarde, em consequência de falta de tratamento básico do paciente.
Ele representa válvula de alívio para aquela tensão interna, no momento que o órgão é bloqueado medicante uma conduta errada, como cirurgia, corticoides, antibióticos ou qualquer outra oclusão, o organismo inteiro se ressente e se mobiliza no sentido de fazer um novo estado de equilíbrio, ainda que mais precário, providenciando o surgimento de uma nova válvula exonerativa ou de nova localização.
A remoção ou supressão de um sintoma, sem atendimento das causas e das predisposições do terreno, representa uma forma de lesa-humanidade, que só iludem o paciente.
Um antibiótico (químico) pode matar uma bactéria (produto material), mas não fortalece a Força Vital para que ela mesma resista a futuras invasões.
Da mesma forma, uma emoção forte como o luto (influência dinâmica) pode causar doenças físicas. Você não pode “cortar” o luto com um bisturi.
Um tumor não é uma doença
Este é o princípio fundamental. O tumor (ou qualquer lesão física) é o produto da doença, não a doença em si.
- A Doença Verdadeira: É a desordem interna, o desarranjo na Força Vital, a perturbação dinâmica (geralmente de uma doença mais profunda e dinâmica). Um bisturi (material) pode remover um tumor (produto material da doença), mas não pode remover a predisposição a formar tumores (a desordem dinâmica) o tumor volta ou se desenvolve em outro lugar, pois a predisposição não foi solucionda.
- O Produto da Doença: É o resultado material que essa desordem interna produz no corpo, como um tumor, uma úlcera ou uma verruga.
A analogia do mau trabalhador: A Força Vital doente é como um carpinteiro incompetente que só sabe construir mesas tortas (o tumor).
Você pode quebrar a mesa (remover o tumor), mas enquanto o carpinteiro (a desordem interna) não for consertado, ele simplesmente construirá outra mesa torta em outro lugar.
A “metastase” é a Consequência Direta da Supressão
Com o princípio acima em mente, a “metastase” é vista como um processo lógico e terrível:
- A Manifestação Externa: A desordem interna (a “doença do câncer”) se manifesta em um local, como a mama. A sabedoria da Força Vital tenta manter a desordem o mais na periferia possível.
- O Ato Supressivo: O tumor na mama é removido cirurgicamente ou destruído com radiação ou quimioterapia. Do ponto de vista homeopático, a doença não foi curada. Apenas o seu produto, a sua “válvula de escape”, foi removido à força.
- A Retirada para o Interior: A desordem interna, agora sem seu ponto de expressão, é forçada a recuar para um nível mais profundo e vital do organismo. Ela procura um novo local para se manifestar.
- A “Metástase”: A mesma desordem interna agora se manifesta em um órgão mais nobre, como o fígado, os pulmões ou o cérebro.
Não existem dois cânceres (o da mama e o do fígado). Existe uma única doença cancerosa que foi expulsa de um local e se manifestou em outro mais perigoso.
A “Metástase” é a Lei de Hering ao Contrário
A famosa Lei da Direção da Cura de Hering afirma que a cura se move de dentro para fora, dos órgãos mais importantes para os menos importantes.
A metástase é a prova da direção da doença:
- A doença se move de fora para dentro, dos órgãos menos importantes para os mais importantes.
Um câncer de pele (órgão menos vital) que é suprimido e depois aparece nos pulmões (órgão vital) é um exemplo claro.
A metástase de um câncer de mama para o cérebro é a manifestação final e mais trágica dessa lei invertida.
É um sinal de prognóstico péssimo, pois mostra que a doença está tomando conta do centro do organismo.
O tratamento alopático é Focado em destruir o tumor (o produto). O tratamento homeopático é focado em corrigir a desordem interna com o simillimum (o “trabalhador”).
Em suma, a palavra “metástase” é a descrição de uma tragédia iatrogênica (causada pelo tratamento).
É a evidência de que, ao atacar o sintoma (o tumor), a verdadeira doença interna foi deixada intacta e apenas forçada a se esconder e reaparecer em um local onde pode causar um dano ainda maior.
A Reversão Inteligente do Processo (A Cura)
Quando o simillimum (remédio homeopático) correto é administrado, ele fortalece a Força Vital a um ponto em que ela finalmente tem energia para fazer o que sempre quis: expulsar o invasor de forma ordenada e segura.
A Força Vital, agora revitalizada, inicia uma “limpeza geral” da casa. E, como um general sábio, ela segue uma estratégia perfeita (a Lei de Hering):
O Propósito Principal: Libertar os Centros Vitais Primeiro.
A prioridade da Força Vital é livrar os órgãos mais importantes da doença. Ela começa a “empurrar” a desordem da asma (localizada nos pulmões, um centro vital) para fora. A asma começa a melhorar.
O Propósito Secundário: Expulsar o Inimigo pelo Caminho Original.
Para onde a Força Vital empurra a doença? Para o local de onde ela veio antes de ser suprimida: a pele. Ela reabre a antiga porta de saída que foi trancada anos atrás. É por isso que, enquanto a asma melhora, a erupção cutânea da infância reaparece brevemente e depois advém a cura completa física e mental.
Obs:- Medicamentos Supressores: Usar uma pomada de corticoide para uma pequena irritação na pele, suprimindo-a e interrompendo a cura interna.
A Causa de Manutenção da doença e recidiva (O Obstáculo à Cura)
Esta é a causa muito comum, a cura estava indo bem, mas o paciente se reexpôs a um fator que perpetua a doença.
- O que é: Qualquer fator no estilo de vida, dieta ou ambiente do paciente que atua como um estresse constante sobre a Força Vital, neutralizando a ação curativa do remédio.
- Como acontece: O paciente recebe o medicamentos mais indicado, melhora maravilhosamente por semanas ou meses. Sentindo-se bem, ele relaxa e volta a um antigo hábito nocivo ou se submete a um novo estresse.
- Exemplos Práticos:
- Dieta: Voltar a comer de forma errada, fora dos preceitos do Dr. Carlos, ai tudo pode voltar a esteca zero ou pior.
- Estresse Emocional: Entrar em um novo relacionamento tóxico ou voltar para um ambiente de trabalho opressivo.
- Toxinas: Mudar-se para uma casa com mofo ou começar a trabalhar com produtos químicos ou vestir roupas de inverno sem lavar adequadamente cheias de fungo e acaros.
O que é a recidiva? É como tentar consertar um barco que tem um furo. O remédio homeopático tira a água (cura), mas se o paciente volta e faz um novo furo (a causa de manutenção), o barco vai encher de novo.
Um Novo Choque ou Trauma Agudo pode retornar a doença ou criar uma nova.
A Força Vital, mesmo quando curada e equilibrada, não é invulnerável a novos ataques dinâmicos.
- O que é: O paciente estava completamente bem, mas sofreu um novo e intenso trauma físico ou emocional.
- Como acontece: Um acidente grave, a perda de um ente querido, um susto violento, um grande revés financeiro. Esse novo choque é uma agressão dinâmica tão forte que pode desequilibrar a Força Vital novamente, fazendo com que a antiga fraqueza constitucional (a doença original) reapareça.
- A visão: Uma nova “doença aguda” (neste caso, o trauma) se sobrepôs ao estado de saúde. Pode ser necessário um remédio para o estado agudo, antes de reavaliar o estado crônico.
A Libertação do “Eu”
A “índole má”, sendo uma desordem dinâmica da vontade e dos afetos, pode e deve ser revertida pela homeopatia.
O objetivo é libertar o verdadeiro caráter do paciente do jugo da doença medicamentosa ou de um trauma.
Se “desvios comportamentais” permanecerão, depende.
– Se o desvio é puramente dinâmico, ele deve desaparecer.
– Se o desvio é consequência de um dano cerebral ou orgânico irreversível causado pela droga, o comportamento pode melhorar, mas a limitação estrutural pode impor um teto a essa melhora.
A jornada de cura, neste caso, é uma verdadeira libertação.
O paciente é resgatado de uma prisão medicamentosa ou traumática.
O objetivo é que ele retorne ao seu estado de ser original, o mais plenamente possível dentro dos limites que sua energia vital e a integridade de seu organismo material permitirem.
Toda cura exige mudanças
Quando uma pessoa sente que precisa fazer uma mudança e não tem coragem para fazê-la, isso leva a uma doença, essas mudanças permitem um crescimento interior levando à saúde e felicidade, a estagnação e inércia são mais prejudiciais à saúde.
Você não pode auxiliar os pacientes se eles não estiverem prontos para serem ajudado, eles são incapazes de fazerem as mudanças em seu estilo de vida necessária para a cura completa do paciente, se a dieta permanecer a mesma, se ele continuar a tomar medicamentos como antibióticos ou corticoides repetidamente, ou pílulas anticoncepcionais, nunca alcançaram os seus objetivos de cura, e esse é o meu trabalho de orientar e ministrar o melhor meio de cura para levar o paciente a liberdade plena física e mental rumo a saúde.
Dr. Carlos Roberto Medeiros Lopes, 13 de julho de 2025
CRM 65150
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