Estamos todos familiarizados com o conceito de que, com o envelhecimento, vem uma perda gradual de densidade óssea e redução do tamanho e força de nossos músculos.
Alguma perda de densidade muscular e óssea é normal, mas perder muito leva à fragilidade e ao aumento enorme do risco de lesões e perda progressiva de equilíbrio.
Também estamos familiarizados com a ideia de que o envelhecimento está associado ao declínio cognitivo uma perda gradual de memória, da mobilidade e tem o tempo de reação retardados.
As pesquisas mais modernas revelam que o declínio cognitivo e a perda muscular estão ligados diretamente.
Entender como a perda muscular e a cognição influenciam umas às outras é crucial para identificar os mecanismos subjacentes à demência e à doença de perda muscular do envelhecimento é conhecido como sarcopenia.
A doença de perda muscular ‘sarcopenia’ está diretamente relacionada a falta de atividade física e a uma dieta pobre em nutrientes, extremamente comum nos idosos.
Sarcopenia é para os nossos músculos o que a osteoporose é para os nossos ossos.
A sarcopenia é definida por uma perda contínua de massa muscular esquelética que interfere com a capacidade de um indivíduo de funcionar de forma independente. A perda muscular se inicia aos 40 anos e avança a sua intensidade de perda à medida que a pessoa envelhece, dependendo de cada constituição. É porque os adultos mais velhos perdem a força e equilíbrio à medida que envelhecem.
A perda muscular é frequentemente atribuída a processos hormonais, inflamatórios e vida sedentária (andar não é atividade física). No entanto, evidências pré-clínicas ligam a morte neuronal à perda muscular. Como os neurônios específicos que enervaram o músculo os chamados neurônios motores degeneram, o músculo, no que lhe concerne, perde força e mobilidade e com a perda muscular com a inatividade física ocorre desativação desses neurônios motores ligados ao músculos perdidos, fazendo com isso um círculo vicioso.
A diminuição progressiva da junção neuromuscular pela perda muscular e a perda progressiva do nervo motor da fibra muscular parece ser uma característica conspícua do músculo idoso, decorrente de processos inflamatórios crônicos.
O músculo não faz nada por si só, toda a função muscular é iniciada pelo sistema nervoso central.
Se a unidade do SNC é retirada, o músculo fica imediatamente em silêncio e o músculo inativo progressivamente desativa essas junções neuromusculares.
Se nossos neurônios envelhecidos são uma das razões pelas quais perdemos força com a idade, como podemos preservar ambos?
O elixir da longa vida neuromuscular é o EXERCÍCIO!
O exercício previne a morte do neurônio motor relacionado à idade e a perda de massa muscular esquelética relacionada à idade.
O exercício de FORÇA atrasa o início ou retarda o progresso desses processos degenerativos, mantendo assim os neurônios motores e as áreas cerebrais vivos e preservando a integridade neuromuscular e o estado de enervação.
O que o exercício significa para um neurônio? Para os neurônios motores superiores e inferiores, o exercício é uma mudança no número e no padrão de potenciais de ação.
É importante estimular os neurônios continuamente, de modo a evitar a sua eventual morte, portanto exercícios físicos devem ser feitos POR TODA A VIDA…NUNCA SE DEVE PARAR… NUNCA. Foi demonstrado que o exercício retarda a degeneração dos neurônios no sistema nervoso periférico e os neurônios no cérebro.
Engajar neurônios no SNC (cérebro) pode ser feito com exercícios físicos somado a outras formas de estimulação sensorial, incluindo experiências intelectuais e sociais enriquecidas.
Temos evidências do efeito antienvelhecimento do engajamento social e intelectual no cérebro. E, inversamente, temos evidências de que a retirada dos exercícios físicos e das atividades sociais são os principais motivos do agravamento da cognição.
Uma vez, o nosso SNC tem muitas ferramentas para permanecer saudável e eficiente, mas os maus hábitos de vida destroem nossas defesas contra esses males.
Neurônios e músculos se beneficiam se forem ativos
Mas lembrem, sempre que indivíduos em saúde física impecável ainda podem desenvolver demência, pois ele está cometendo algum erro contra as suas leis naturais internas, descumprindo com seus padrões pessoais constitucionais, isso descumpre regras por desmazelos ou por ignorância do funcionamento básico de seu corpo, cuja função do médico naturopata e integralista é identificar e colocar o paciente de novo nos trilhos da saúde.
A sarcopenia aumenta o risco de declínio cognitivo em virtude da decadência do SNC sozinha ou à medida que indivíduos frágeis perdem a independência, eles se retiram do engajamento social e intelectual e com deixam se exercitarem e entram em um círculo vicioso de decadência física e mental.
Os métodos para manter os neurônios saudáveis em todo o nosso corpo são praticamente os mesmos, existe uma coesa interação entre a saúde física e mental.
Nossos músculos são importantes e mantê-los saudáveis pode significar salvar nossos cérebros.
Músculos e neurônios se beneficiam da mesma coisa: SER ATIVO.
Dr. Carlos Roberto Medeiros Lopes 19 de abril de 2023
CRM 65150
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